Três dias após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparar os ataques de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto e chamá-los de “genocídio”, o ambiente digital continua em chamas. Contudo, nas últimas 24 horas, observa-se uma mudança na direção do vento em favor do governo, deixando as discussões online gradualmente mais equilibradas do ponto de vista numérico.
Um monitoramento exclusivo realizado pela consultoria Quaest entre 18/2 e esta terça-feira (20/2) mostra que a repercussão digital só fica atrás dos eventos de 8/1 do ano passado e da operação Tempus Veritati que mirou Jair Bolsonaro e aliados, no último dia 8/2.
Pelos números
Impressionantes 1,5 milhão de menções com um alcance que se estende a mais de 59 milhões de internautas marcam o escopo da discussão.
Mudança de Vento
Esta terça-feira marca um ponto de virada, com os apoiadores de Lula se mobilizando online. Inicialmente dominado por críticas, o debate digital vê uma mudança significativa.
Nas últimas 24 horas, o apoio a Lula saltou para 41%, enquanto as críticas somam 59%. Esse movimento de virada deve-se à ação de parlamentares e da primeira-dama, Janja da Silva, que se mobilizaram em defesa de Lula e seu governo. Eles impulsionaram a hashtag #LULATEMRAZÃO.
Além de políticos, influenciadores como Felipe Neto e Laura Sabino fizeram publicações favoráveis ao governo que ganharam muita tração em canais de mídia social.
Oposição Mantém Pressão sobre Lula
Apesar do crescimento do apoio ao governo nas redes nas últimas 24 horas, o panorama digital desde o dia 18/2 se mantém desfavorável ao governo Lula: 68% de menções negativas contra 32% de apoio. A oposição não dá trégua. Fortalecida e mobilizada, vêm angariando e impulsionando abaixo-assinados em defesa de um pedido de impeachment de Lula, solidificando ainda mais sua ofensiva contra o governo petista.
Em resumo, o debate mostra mais uma vez uma persistente divisão de opiniões e um cenário político em alta tensão.