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Servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) ligados ao SINSSP-BR (Sindicato Nacional dos Servidores da Carreira do Seguro Social), que estão em greve desde quarta-feira (10/7), acreditam que a mobilização deverá ganhar novas adesões a partir do dia 16, com participação de entidades nacionais, como a Fensps (Federação Nacional dos Trabalhadores em Sindicatos em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social). A entidade já notificou o governo sobre a greve e se manifestou contra proposta enviada pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI).
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Os grevistas buscam reestruturação da carreira como pauta prioritária da paralisação. Entre as reivindicações, eles propõem que a carreira seja enquadrada como “Carreira Típica de Estado”, com exclusividade no trabalho de análise e concessão dos benefícios. Além disso, o sindicato também defende a obrigatoriedade de nível superior para o ingresso no cargo de Técnico do Seguro Social e reajuste salarial com adicional de qualificação.
Ao JOTA, o presidente do SINSSP-BR, Pedro Totti, disse que a proposta apresentada pelo governo federal nas rodadas de negociação rebaixa os servidores do INSS, considerando-os como carreira de apoio. Para ele, a categoria entende que a análise da concessão dos benefícios é um trabalho complexo e de exclusividade dos servidores do INSS.
“Para nós, a proposta do governo é uma desvalorização total. Dentro da conceituação que eles fazem, a carreira de apoio não teria complexidade nenhuma. O servidor do INSS precisa ter um conhecimento robusto em direito previdenciário e é por isso que brigamos pela valorização do nosso trabalho, para que seja classificado como uma carreira essencial ou estruturante”, afirma.
Em relação ao reajuste salarial, Totti explica que a greve da educação demonstra a dificuldade da negociação de aumentos com o governo. Em reunião com as entidades sindicais, o MGI propôs reajuste de 9% a partir de janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026. Além disso, o ministério ressaltou que, em 2024, os servidores federais tiveram aumento no auxílio-alimentação, auxílio-creche e no plano de saúde.
De acordo com o SINSSP-BR, a paralisação ainda está tomando corpo entre a categoria, considerando tanto os servidores em teletrabalho quanto os que estão nas Agências da Previdência Social de forma presencial.
Impactos da greve
Em nota, o INSS afirmou que a paralisação ainda não impactou o sistema e o atendimento aos beneficiários. “Não há como relacionar greve de servidores iniciada nesta quarta-feira com os efeitos da checagem de benefícios que vai começar somente em agosto”, afirma a nota. Além disso, a autarquia ressaltou que 100 serviços podem ser realizados pela plataforma online Meu INSS ou pela Central de Atendimento 135, que funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h.
Ao JOTA, o MGI informou que a proposta apresentada à categoria prevê ganho acumulado de 24,8% entre 2023 e 2026 para os servidores e inativos. “Esse ganho cobre as perdas inflacionárias do governo atual e parte das perdas de gestões anteriores”, disse. E acrescentou que “o governo tem realizado um grande esforço para atender as reivindicações de restruturação das carreiras de todos os servidores federais, respeitando os limites orçamentários”.