Reajuste dos servidores

Após nova proposta, servidores das agências reguladoras mantêm paralisação de 48 horas

Direção do Sinagências afirma que governo melhorou um pouco a oferta financeira, mas não o suficiente para desmobilizar a categoria

Servidores de agências reguladoras fizeram manifestação em frente ao prédio do MGI, em Brasília / Crédito: Douglas Neris/ Sinagências

Após a quinta reunião com servidores das agências reguladoras, na tarde desta segunda-feira (29/7), o governo federal apresentou uma nova proposta de reajuste de 23% para os cargos de carreira e 14,2% para o Plano Especial de Cargos (PEC). Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências), os índices de reajuste apresentados não são suficientes para a desmobilização da categoria, que manterá o indicativo de paralisação de 48 horas nos dias 31 de julho e 1º de agosto.

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De acordo com o presidente do Sinagências, Fábio Gonçalves Rosa, a nova proposta do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) também prevê a inclusão dos servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM) em um novo acordo, a partir de janeiro de 2025.

“Esse é o momento de mantermos firme a mobilização nos dias de paralisação que teremos. Apesar do governo dizer que está chegando no limite, estamos entendendo melhor o parâmetro do governo, e é o momento que precisamos avançar no exercício da contraproposta. Acho que chegou a hora de organizarmos uma contraproposta para o governo”, afirmou Fábio Gonçalves Rosa.

Em paralelo à paralisação de 48 horas, o sindicato definirá a data para a realização de assembleias para decidir os próximos passos, como a apresentação ou não de uma contraproposta para o governo.

O servidores argumentam que, de janeiro de 2017 até junho de 2024, a inflação medida pelo IGP-M foi de 71,84%, enquanto o IPCA registrou alta de 45,35% no mesmo período, conforme a Calculadora do Cidadão do Banco Central do Brasil.

Para eles, o pleito “não se trata de mero índice de reajuste, mas de reposicionamento remuneratório que confira à categoria o devido reconhecimento e o fim das disparidades apontadas por ministros do próprio governo em ofícios endereçados ao MGI”.