Os documentos apresentados abaixo são oficiais e foram obtidos por meio de buscas nos sites de órgãos do sistema de Justiça brasileiro. Eles talvez não tenham relação com os fatos descritos acima, já que podem se referir a casos ainda pouco explorados.
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Sentença do então juiz Sergio Moro em que são condenados Marcelo Odebrecht, Paulo Roberto Costa Renato Duque, entre outros ex-executivos da Odebrecht e da Petrobras. Nessa sentença são mencionadas três empresas offshore abertas no Panamá. Trechos:
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“A Maranelle Investment, off-shore com sede no Panamá, e com conta no Banco Safra Sarasin, em Genebra, na Suíça, é controlada pelo acusado Mario Frederico de Mendonça Goes e foi utilizada para intermediar propinas para contas controladas pelo acusado Pedro Barusco e para a Diretoria de Serviços”
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“Renato de Souza Duque teria aberto duas contas secretas no Principado de Mônaco, uma em nome da off-shore Milzart Overseas, constituída no Panamá, outra em nome da offshore Pamore Assets, constituída também no Panamá. Ambas contas no Banco Julius Baer, no Principado de Monaco.”
(Sentença judicial)
Data do documento: 21 de setembro de 2015
Produzido por: Juízo da 13ª Vara de Curitiba (então juiz federal Sergio Moro)
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Em decisão do então juiz federal Sergio Moro, registra-se a transferência de um total de mais de US$ 1 milhão em menos de três meses (entre 14 de maio de 2009 e 3 de agosto do mesmo ano) em favor de uma conta na Suíça provenientes da offshore Constructora Internacional del Sur, do Panamá, que teria sido usada pela Odebrecht (Decisão)
Data do documento: 9 de março de 2015
Produzido por: Juízo da 13ª Vara de Curitiba (então juiz federal Sergio Moro)
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Em e-mail de agosto de 2007, Marcelo Odebrecht enviou a diretores da empresa uma nota com obras de interesse da empresa no México, pedindo que esta chegue às mãos de seu pai (Emilio Odebrecht) “para entrega ao seminarista” (provável menção a Gilberto de Carvalho, chefe de gabinete do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva). O agente da Polícia Federal que produziu o relatório assinala que “três dias após o envio da mensagem, Lula iniciou uma viagem oficial internacional para o México e outros quatro países (…) [entre os quais o Panamá], o que explica a pressa de Marcelo em entregar a nota.” (relatório de agente da Polícia Federal do Paraná analisando conteúdo de um HD apreendido com a secretária de Marcelo Odebrecht, Darci Luz)
Data do documento: 13 de setembro de 2016
Produzido por: Polícia Federal do Paraná
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Em anotações retiradas de HD apreendido em um dos escritórios da Odebrecht, há inúmeras anotações em códigos. Algumas delas mencionam Panamá, como as que seguem:
Citi vs Panamá
Contribuições para Marta
Citi vs Panama: e-mail GM
Panamá
Empresario/nossa particip. agroneg.
Tadeu, MMX, Vacari
Sabesp e outros
Copa parceria c/ Alemãos ou Portugueses
Pol./estrat. SP
Pes Pref SPvsPanama
1. Viagem a Cuba +
2.Identidade Visual Atividades do LE Eng. e Const.++
3.Projeto Instituto Bra-Mex (L.Cárdenas) +++
4.Documentário Abreu e Lima +++
5.Encontros Trimestrais Lula+HC – Preparação +++ (*)
6.Ven no Mercosul +++
7.Projeto Político Panamá +
8.Reestruturação,Simplificação da área RI CNO ++++
André vs conversa com Gov vs Canal
Bouygues/Canal
obra ICA Panamá
Espaço p/ Astaldi
KBR + Parsons
Resposta Bougys.
Porto/DPW vs MJ
Formação Panamenhos
Op. energia Panama PCHs
EA: Alt. sal:
FG: Baba? CClI
JP/BJ: EO vs Constran
Palocci: cta Rennau + 3
EA: Paul vs Cylela vs Marina
LT: JDirceu vs Nicaragua
JP/BJ: mercado portuario
(relatório de agente da Polícia Federal do Paraná analisando conteúdo de um HD apreendido com a secretária de Marcelo Odebrecht, Darci Luz)
Data do documento: 23 de agosto de 2016
Produzido por: Polícia Federal do Paraná
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Em e-mail de setembro de 2007 enviado a Marcelo Odebrecht e outros, o ex-gerente da Odebrecht Marcos Vasconcelos Cruz dá a entender que a Odebrecht montou o edital de licitação, que a empresa venceu, para obras de saneamento na baía do Panamá (relatório de análise de HDs e pendrives apreendidos)
Data do documento: 7 de junho de 2016
Produzido por: Polícia Federal do Paraná
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Em oferecimento de denúncia de março de 2015, o Ministério Público Federal em Curitiba menciona offshores panamenhas: Maranelle, supostamente controlada pelo empresário Mario Goes (suspeito de ser operador no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras), e Rhea Comercial Inc, cujo representante seria Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras (Denúncia oferecida)
Data do documento: 16 de março de 2015
Produzido por: Ministério Público Federal
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Em pedido de prisão preventiva do ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada, formulado em junho de 2015, o Ministério Público Federal em Curitiba relata que o ex-executivo era o único beneficiário econômico da offshore Rockfield International, sediada no Panamá. A empresa tinha conta em um banco do Principado de Monaco e o saldo, na data do pedido de prisão, era de 11,5 milhões de euros. (Pedido do MPF)
Data do documento: 9 de junho de 2015
Produzido por: Ministério Público Federal em Curitiba
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Em documento que acompanha pedido de prisão preventiva do ex-gerente da Petrobras Celso Araripe de Oliveira, formulado em junho de 2015, relatório da Polícia Federal em Curitiba menciona que o esquema de corrupção na estatal estava disseminado por anos na cita o caso de outro ex-gerente, Pedro Barusco. “Muito embora BARUSCO não tenha a exata noção de como tais pagamentos se deram, o próprio menciona que os valores destinados pela ODEBRECHT a sua pessoa eram recebidos junto a conta da PEXO CORPORATION a partir de depósitos da CONSTRUCTORA INTERNACIONAL DEL SUR, sendo ambas as entidades sediadas no Panamá”. (Relatório da PF)
Data do documento: 20 de julho de 2015
Produzido por: Ministério Público Federal em Curitiba
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Em pedido de prisão temporária contra dois ex-gerentes da Petrobras, Glauco Legatti e Roberto Gonçalves, formulado em outubro de 2015, a Polícia Federal em Curitiba menciona que Legatti recebeu várias visitas de ex-diretores da Odebrecht, como Marcio Faria, e de um suposto operador financeiro no esquema de corrupção, Bernardo Freiburghaus. O relatório da PF menciona que Faria, Freiburghaus e outros abriram contas bancárias no Panamá e em outros cinco países, em nome de 16 empresas offshore abertas no Panamá e em outros três países. Segundo a PF, em 115 transferências bancárias envolvendo essas contas bancárias, foi lavado um total de mais de R$ 1 bilhão, no câmbio da época (1.9 milhão de francos suíços mais US$ 313 milhões). (Relatório da PF)
Data do documento: 9 de outubro de 2015
Produzido por: Polícia Federal em Curitiba
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Em pedido de prisão preventiva e outras medidas, formulado em junho de 2016, o Ministério Público Federal em Curitiba relata fatos descobertos a partir da apuração em torno da utilização da empresa panamenha Mossack Fonseca no Brasil para a abertura de empresas offshore utilizadas para lavar dinheiro desviado da Petrobras. Segundo o MPF, “parte dos agentes públicos e operadores do esquema de fraude às licitações da Petrobras, que por meio de um cartel formado pelas maiores empreiteiras do país, autodenominado ‘clube’, promoveu a ocultação do patrimônio ilicitamente obtido por meio de offshores abertas pela filial brasileira da empresa panamenha Mossack Fonseca (…).
(Pedidos de prisão e de quebras de sigilo feitos pelo MPF)
Data do documento: 17 de junho de 2016
Produzido por: Ministério Público Federal em Curitiba