Marlla Sabino

Larissa Fafá

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (<a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/aneel">Aneel</a>), Sandoval Feitosa, afirmou nesta quarta-feira (18/9) que a tendência é de que as bandeiras tarifárias permaneçam entre amarela e vermelha até o fim deste ano. Caso esse cenário se concretize, os consumidores de energia elétrica devem seguir com cobranças adicionais nas contas de luz.
A previsão se dá pelo cenário de escassez hídrica que tem impactado o setor elétrico e gerado a necessidade de acionamento de termelétricas para garantir o suprimento do Sistema Interligado Nacional (SIN).
<h3><a href="https://conteudo.jota.info/marketing-lp-conversao-jota-pro-energia">Conheça o monitoramento nos Três Poderes sobre os principais assuntos do setor de energia feito pela solução corporativa do JOTA PRO Energia </a></h3>
Neste mês, foi acionada a bandeira vermelha patamar 1, com taxa adicional de R$ 4,463 a cada 100 quilowatt-hora consumidos. A princípio, o patamar seria a vermelha patamar 2, a mais cara do sistema de Bandeiras Tarifárias, mas a Aneel reduziu o patamar após correção de dados fornecidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (<a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/ons">ONS</a>).
À época, a agência afirmou que seriam instaurados processos de fiscalização para auditar os procedimentos dos agentes envolvidos na definição da PMO e cálculo das bandeiras. "No momento que houve essa inconsistência, nosso dever de ofício foi ter a certeza de que, de fato, ocorreu e se não há nenhuma possibilidade de melhorarmos esse processo, para que não ocorra mais."
Feitosa ressaltou ainda os efeitos do sistema de bandeiras no setor, que permitiu que os consumidores economizassem mais de R$ 4 bilhões em juros nos últimos anos. Isso porque antes do sistema de bandeiras, os custos para geração de térmicas, por exemplo, eram carregados pelas distribuidoras até o reajuste tarifário anual e cobrados com juros dos consumidores.
"Isso também, de alguma forma, melhorou o serviço, porque reduz a pressão financeira de um custo muito elevado e inesperado para ser suportado pelas distribuidoras. Então, tem uma folga financeira para poder prestar um serviço melhor.
<h3>Escassez hídrica</h3>
Apesar do momento de atenção, o diretor-geral entende que o momento não é tão preocupante quanto a crise hídrica que o Brasil passou em 2021. Contudo, Feitosa afirmou que é necessário, por exemplo, aguardar para saber quão quente serão os próximos meses e como será o regime de chuvas no período úmido. Segundo ele, isso irá definir se o sistema terá um problema maior ou menos no ano que vem.
“Perspectivamente, parece mais grave na questão climática, mas sob ponto de vista quantitativo e qualitativo o setor elétrico está muito melhor do que 2021. Temos um crescimento muito grande da geração distribuída, temos mais abundância de geração, um maior crescimento das fontes renováveis, uma maior observabilidade do setor elétrico e o ONS possui mais ferramentas para operar a rede."
Feitosa participou nesta quarta do 2º Seminário Nacional dos Consumidores de Energia, promovido pela Frente Nacional dos Consumidores de Energia, em Brasília.

52815041365_bc3e89ad1b_k

https://images.jota.info/wp-content/uploads/2021/09/copy-of-jota-logo-high-cmyk.jpeg

JOTA

Caso esse cenário se concretize, os consumidores de energia elétrica devem seguir com cobranças adicionais nas contas de luz

Tendência é de bandeira amarela e vermelha até o final do ano, diz diretor-geral da Aneel

Caso esse cenário se concretize, os consumidores de energia elétrica devem seguir com cobranças adicionais nas contas de luz