A coligação Brasil da Esperança, do candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ajuizou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) 15 representações por propaganda irregular e fake news contra apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). As ações pedem a remoção de mais de 200 publicações em sites e nas plataformas Twitter, Facebook, Instagram, Kwai, Gettr, YouTube, TikTok e Telegram.
Segundo as ações, há posts que chegam a 600 mil visualizações e compartilhamentos. Assim, o alcance das publicações pode influenciar nas eleições de 2022. Todas as ações foram ajuizadas nesta quarta-feira (24/8).
De acordo com as peças, entre os responsáveis pela disseminação das desinformações estão o senador Flávio Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, filhos do presidente; os parlamentares Carla Zambelli, Bia Kicis, Carlos Jordy, Coronel Tadeu e Floriano Agora; o ministro das Comunicações, Fábio Faria; o cantor Roger Rocha; jornalistas como Milton Neves e Silvio Navarro; e influenciadores digitais como Kim Paim.
“A verdade é que se tratam de conteúdos de desinformação e que têm como objetivo distorcer a percepção e opinião do eleitor quanto ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, ou seja, tem como objetivo uma criminosa interferência no processo eleitoral e na própria concepção de eleição de governo legítimo pelo voto direto”, diz um trecho de uma das peças.
Segundo as representações, entre as fake news estão vídeos manipulando falas de Lula; o uso de falas descontextualizadas do candidato e desinformações contra o sistema eleitoral.
Uma das peças contesta vídeos compartilhados por perfis bolsonaristas em que o candidato Lula toma água diretamente de uma garrafa e a edição insinua que ele estaria se alcoolizando durante seus discursos nos atos de campanha. Em outro vídeo, há uma fala do candidato no ato ocorrido no Vale do Anganhambú, em São Paulo, em que tirado de contexto, a ideia é que Lula defendeu a violência doméstica fora do Brasil.
As ações ainda pedem a remoção de fake news que vinculam o candidato a Adélio Bispo, pelo compartilhamento de imagem do ex-presidente Lula com um senhor, afirmando que seria irmão do autor do atentado a Jair Bolsonaro em 2018.