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Enquanto enfrenta no plano interno ataques em redes sociais pela agenda tributária e um Congresso cada vez mais refratário a pautas do lado da arrecadação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou à carga para pressionar pela tributação dos “super-ricos”. Às vésperas da reunião de ministros de Finanças do G20, ele defendeu essa ideia na aliança global contra a fome e a pobreza, destacando a necessidade de mais recursos para combater a pobreza e para a transição ecológica.
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Ele insistiu na ideia após reunião com a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, apesar de, segundo o ministro, o tema não ter feito parte da agenda do encontro bilateral ocorrido na tarde dessa quarta-feira (24/7). O chefe da Fazenda tenta consolidar a posição de alguém que quer taxar os mais ricos, e não os mais pobres.
O ministro brasileiro tentou mostrar algum otimismo com o avanço da discussão com seus pares que se sentarão à mesa no Rio de Janeiro. Mas há cautela, pois o consenso entre as maiores economias do mundo ainda é incerto. Países como os EUA, China, Canadá, Austrália e Japão mostraram resistência à ideia, enquanto Brasil, França, Bélgica, África do Sul, Colômbia e União Africana são mais favoráveis.
O que o Brasil quer é que a tributação dos bilionários esteja em parágrafo no comunicado final do G20, texto que ainda está em discussão e que, para além de acordo técnico, exigirá o aval dos chefes de Estado e de governo das nações mais ricas do mundo. O comunicado será divulgado em novembro na cúpula do G20, quando a presidência do bloco passa para as mãos da África do Sul.
Para Haddad e o governo Lula, os próximos dias são cruciais para avançar no debate tributário e obter apoio significativo. A falta de declarações favoráveis pode dificultar ainda mais a estratégia arrecadatória e os planos de reforma da taxação da renda, previstos para 2025.
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