Reajuste dos servidores

Greve na Educação: maior entidade de TAEs mantém paralisação

Governo respondeu que não fará nova proposta e espera assinar acordo no dia 26

Técnicos-administrativos em educação estão em greve desde o dia 11 de março / crédito: Fasubra Sindical

A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra Sindical), que representa a maioria dos técnicos-administrativos educacionais (TAEs), decidiu, após a realização de assembleia nos estados, manter a greve, iniciada em 11 de março.

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Em documento, protocolado nesta sexta-feira (21/6) junto ao Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) e ao Ministério da Educação, a entidade pede a realização de nova rodada da mesa de negociação, com o objetivo de formalizar propostas que foram apresentadas nos últimos dias e tentar buscar um índice maior de reajuste dos steps, os degraus de progressão da carreira, entre outros pontos.

Na própria sexta-feira, o MGI enviou comunicado à Fasubra informando que mantém a última proposta e que espera os dirigentes para reunião, no próximo dia 26, com o objetivo de assinar acordo “com as entidades que aprovarem a proposta”.

Entre os pontos cruciais para que os TAEs ligados à Fasubra aceitem a oferta do governo está a melhoria das condições de progressão dos servidores do chamado nível C, formado por servidores de nível médio ou com ensino fundamental completo.

A entidade mantém a reinvindicação de reajuste de 4%, ainda em 2024, o que é descartado pelo governo.

No ofício ao governo, no qual reconhece avanços na proposta e elenca todos os pontos já negociados, a entidade afirma que “a partir do retorno de consulta feita à base, solicita melhorias na proposta apresentada pelo governo, continuidade do diálogo e agendamento de novas reuniões, para definição dos pontos apresentados acima”.

A Fasubra foi a primeira entidade, entre as 3 que seguem mobilizadas, a se pronunciar após a última rodada de negociação com o governo. Os TAEs representam 18% do funcionalismo federal, ou 240 mil servidores.

De acordo com a proposta formalizada pelo governo, os TAEs terão reajuste de 9%, em janeiro de 2025, e de 5%, em abril de 2026. Os ganhos de progressão, a partir de 2026, serão de 4,1%, com redução do tempo para o avanço na carreira, entre outros pontos da agenda não remuneratória.

Professores e outras entidades

No final de semana, o Sinasefe, que representa a menor parcela de TAEs e os docentes de institutos federais, e o Andes Sindical, dos professores das universidades federais, darão a sua resposta. A tendência do Sinasefe, com base no resultado das assembleias estaduais, é aceitar a última oferta do governo.

Como o JOTA e a newsletter Por Dentro da Máquina mostraram esta semana, os avanços nas negociações nos últimos dias tiveram impacto positivo e, apesar da rejeição da proposta pela Fasubra, é crescente a movimentação para que a greve na educação termine nos próximos dias.

A Fasubra marcou para segunda-feira, às 14h, nova reunião do comando de greve.