O lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Lula foi adiado mais uma vez. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, confirmou que o anúncio será feito no início de agosto, quando os deputados e senadores estiverem de volta do recesso parlamentar.
“Como anunciei mais cedo em Feira de Santana (BA), o novo PAC está pronto para o lançamento a ser realizado no início de agosto em virtude do recesso no Congresso. O presidente Lula conta com a presença dos parlamentares, o que não seria possível no próximo dia 27”, escreveu Costa no Twitter.
O principal entrave ao lançamento é a aprovação do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados, que vai definir o quanto o governo poderá destinar ao programa. Em entrevista ao jornal O Globo no último domingo (16/7), o ministro disse que o governo federal trabalhava com a perspectiva de investir R$ 60 bilhões anuais, sem considerar os investimentos privados e as parcerias público-privadas. Segundo Costa, lançar o programa é a prioridade do governo no segundo semestre.
Esta não é a primeira vez que o pacote de obras, que vem sendo prometido desde o começo do ano, tem o lançamento adiado. A última previsão anunciada era para o fim de julho. Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a dizer que o governo iria lançar “muitos programas agora no mês de julho” para começar agosto “com o carro a 100 por hora”.
O programa deve ser dividido em sete eixos: transportes; infraestrutura urbana; água; inclusão digital; transição e segurança energética; infraestrutura social; e defesa. No total, a projeção é que sejam feitos cerca de 2.000 projetos, idealizados a partir de uma lista enviada pelos 27 governadores brasileiros.
No começo de julho, o primeiro projeto do novo PAC foi anunciado: é o início das obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), ligando as cidades baianas de Caetité e Ilhéus.