A terceira rodada da pesquisa Genial/Quaest traz números que sugerem sinais de recuperação da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em relação a abril, o índice de aprovação subiu de 51% para 56%, enquanto a reprovação cedeu de 42% para 40%. Esses números refletem a melhora na percepção da economia.
Segundo a pesquisa, 32% dos entrevistados consideram que a situação econômica do país melhorou nos últimos 12 meses, e 56% acreditam que o desempenho econômico continuará positivo (em comparação a 51% em abril). Em relação às expectativas futuras, 25% dos participantes acreditam que a economia vai piorar (eram 29% em abril).
Quanto ao desemprego, 37% esperam uma redução, enquanto 29% acreditam que a inflação vai cair. Há maior incerteza em relação ao poder de compra: 31% acreditam que vai aumentar, 30% que vai diminuir e 35% acham que nada mudará.
A pesquisa aferiu que a recuperação na aprovação do trabalho do presidente Lula repete-se na maioria dos segmentos demográficos da pesquisa, mesmo naqueles em que a avaliação negativa prevalece, como o dos eleitores que têm nível superior e o dos que têm renda mensal superior a 5 salários mínimos. Entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a aprovação subiu 8 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, de 15% para 22%.
A avaliação expressamente positiva da atuação do presidente (ótimo e bom) variou 1 ponto percentual em relação ao levantamento de abril, de 36% para 37%. Enquanto a avaliação expressamente negativa (ruim e péssimo) oscilou 2 pontos para baixo, de 29% para 27% agora. Para 32% a atuação de Lula é regular, em abril essa taxa era de 29%.
Relação com o Congresso
O tema que mais preocupa o Planalto, a queda de braço entre Lula e o Congresso Nacional – em especial a Câmara dos Deputados – não passa despercebida da opinião pública. A relação com o Congresso é apontada pelos entrevistados como um obstáculo importante para Lula.
Para 51%, o presidente tem mais dificuldade do que seu antecessor para conseguir apoio a seus projetos. Eleitores de Lula (52%) e de Bolsonaro (55%) concordam nesse ponto. Existe convergência de opiniões também quando a pergunta é se Lula deveria ceder e liberar mais recursos para o Congresso: 50% dos eleitores de Lula e 51% dos de Bolsonaro dizem que o presidente não deve ceder.
Propostas de isenção tributária
A pesquisa aponta que as propostas de isenção tributária para montadoras com o objetivo de reduzir os preços dos carros e de perdoar dívidas pequenas para “limpar” o nome do cidadão contam com um amplo apoio: 76% e 73% de aprovação, respectivamente. Em seguida, o fim da paridade internacional no preço da gasolina é aprovado por 61% dos eleitores.
Por outro lado, as maiores rejeições são em relação à facilitação da compra e posse de armas, com 71% de desaprovação, uma proposta associada ao governo de Jair Bolsonaro. Além disso, a volta das relações diplomáticas com a Venezuela é rejeitada por 64% e a exploração de petróleo na Amazônia também enfrenta resistência, sendo rechaçada por 52% dos eleitores.
Sobre a pesquisa Genial/Quaest
Encomenda pela plataforma de investimentos Genial, a sondagem foi feita entre os dias 15 e 18 de junho. Foram entrevistados face a face 2.029 eleitores com idade superior a 16 anos. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.