O Ministério da Saúde chamará novos profissionais para o Mais Médicos a cada 90 dias e não mais 120 como era o ciclo anterior. A regra vale dentro do cadastro permanente do edital. A expectativa da pasta é lançar a nova versão do programa neste primeiro semestre.
Com ciclos mais curtos, a ideia é preencher vagas ociosas mais rapidamente. O ministério ainda discute quantas vagas serão disponibilizadas.
“A ideia é agilizar. Temos que alterar o modelo do que o governo anterior fez (o programa Médicos pelo Brasil), retomando os moldes do que fizemos no governo Lula com uma atualização, apertando os prazos para poder chegar mais gente. A situação de demanda na saúde virou um caos”, afirmou ao JOTA o secretário-executivo da pasta, Swedenberger do Nascimento Barbosa.
Conforme a lei, o edital dará prioridade a médicos brasileiros formados no país. Em seguida, virão os que se graduaram no exterior. Apenas vagas remanescentes se destinarão a profissionais estrangeiros. O objetivo é “prover profissionais para áreas de maior dificuldade”, afirmou o diretor de Programa da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), Felipe Proenço.
São localidades com baixa ou nenhuma oferta de médicos no país, como municípios do interior e Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). O médico de Família e Comunidade e professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) citou o caso dos Yanomami como exemplo. A terra indígena poderia ter médicos há seis meses para atender à crise humanitária que inclui malária, Covid-19, desnutrição grave e intoxicação por mercúrio.