A vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o presidente Jair Bolsonaro (PL) em intenções de voto no Nordeste caiu 16 pontos percentuais na 13ª rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada na manhã desta quarta-feira (6/7).
Lula agora tem 59% de intenções contra 22% do atual presidente. No mês passado, a diferença era de 68% a 15%.
A avaliação do governo Bolsonaro também melhorou na região – os que acham a gestão negativa caíram de 57% para 55%, enquanto o percentual de quem diz que a condução do presidente é positiva foi de 17% para 20%.
O crescimento do presidente entre os nordestinos coincide com uma série de viagens dele à região. No mês passado, em intervalo de poucos dias, ele visitou os municípios pernambucanos de Caruaru e Recife, os paraibanos João Pessoa e Campina Grande e o cearense Quixadá, marcando presença em tradicionais festas de São João.
Para comparação, no primeiro ano de mandato, em 2019, Bolsonaro visitou o Nordeste apenas sete vezes no ano todo.
Também em junho, o presidente anunciou o aumento do Auxílio Brasil (o antigo Bolsa Família) de R$ 400 para R$ 600. No Nordeste, todos os nove estados têm mais beneficiários do programa do que trabalhadores com carteira assinada, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência.
Na pesquisa Genial/Quaest, 21% de todos os entrevistados em cenário nacional apontaram que a chance de votar em Bolsonaro cresce com o aumento do Auxílio Brasil. Além disso, 8% dos que declararam voto em Lula inicialmente disseram que a chance de mudar a escolha para Bolsonaro sobe com a edição da medida.
A pesquisa ouviu presencialmente 2 mil pessoas , entre os dias 29 de 2 de julho, com margem de erro estimada em 2 pontos percentuais. O nível de confiabilidade, segundo a Genial/Quaest, é de 95%.
No cenário geral, Lula possui 45% das intenções de voto no primeiro turno, um a menos do que no mês passado, enquanto que o Bolsonaro marcou 31%, um ponto a mais em comparação com o último mês. Portanto, ambos oscilaram dentro da margem de erro — que é de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo.