![programa nacional de redução de filas](https://images.jota.info/wp-content/uploads/2023/03/sus-vale-esta-1024x512.jpg)
Lançado no ano passado, o Programa Nacional de Redução de Filas deverá passar por uma reestruturação. A avaliação do Ministério da Saúde é a de que o programa atingiu bons resultados, mas é preciso ampliar a realização de cirurgias mais complexas. Hoje, a maior parte dos procedimentos está relacionada à correção de cataratas e correção de hérnias, por exemplo.
“A indução será feita sobretudo pela remuneração”, afirmou ao JOTA Aristides Vitorino de Oliveira Neto, diretor do Departamento de Atenção Especializada do ministério. Os últimos números reunidos pelo governo mostram que, de fevereiro a abril, foram realizadas 309.329 cirurgias por meio do programa. Isso representa uma execução de 41% do que havia sido programado para o ano e uma redução da fila em 23%. Pelos cálculos do Ministério da Saúde, no início do ano, 1.081.893 pessoas estavam à espera da realização de uma cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em 2024, foi reservado para o programa R$ 1,2 bilhão. A execução, contudo, é desigual. Enquanto alguns estados já ultrapassam a meta prevista, outros trazem um desempenho aquém do imaginado. É o caso de Mato Grosso do Sul, que realizou 8% do programado e Mato Grosso, com 12%.
Os números das regiões também deixam claro o descompasso. O Sul realizou 152% do que havia sido esperado. Estados do Nordeste, 35% — mesmo percentual do Norte. Já o Sudeste tem produção de 30% e Centro-Oeste, de 22%.
Das cirurgias realizadas até agora, destacam-se as de oftalmologia, de correção de hérnia inguinal, de retirada da vesícula, de laqueadura, vasectomia e histerectomia.
A ideia, contudo, é garantir que o programa forneça um suporte para outra estratégia lançada pelo governo, que é o Programa Mais Acesso a Especialistas. Nesta fase, o programa tem como objetivo central a melhoria no atendimento de oftalmologia, otorrino, cardiologia, ortopedia e cardiologia.
Além da remuneração, haverá um esforço para diagnóstico das principais dificuldades enfrentadas pela região: seja oferta de profissionais nas especialidades, obtenção de insumos (como órteses e próteses, no caso de ortopedia) ou infraestrutura dos centros de atendimento. “Os números são bons, mas queremos aprimorar a oferta”, disse ao JOTA o secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Adriano Massuda.